quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Do papel para o ecrã... [A Cidade dos Ossos]

O filme pelo qual espero há 3 anos finalmente chegou, A Cidade dos Ossos! Antes de lerem o que se segue quero que tenham em consideração que já li a trilogia à 3 anos e por isso não me lembro muito de certos pormenores da história, para além de que, como li todos de seguida tenho alguma dificuldade em separar o acontecimentos por livro.

Este fim-de-semana fui com uma amiga que também leu o livro ao cinema ver o tão esperado primeiro filme da trilogia saga "Os Instrumentos Mortais". Aqui fica a sinopse para quem não leu o livro:

"Na Nova Iorque contemporânea, Clary Fray, uma adolescente aparentemente normal, descobre que é descendente de uma linhagem de caça demónios, os Caçadores de Sombras, um grupo secreto de jovens guerreiros semi-anjos, envolvidos numa antiga batalha para proteger o nosso mundo dos demónios. Após o desaparecimento da sua mãe, Clary é forçada a unir-se a um grupo de Caçadores de Sombras, que lhe apresentam uma Nova Iorque perigosa e alternativa chamada Mundo-à-Parte, repleta de demónios, feiticeiros, vampiros, lobisomens e outras criaturas mortíferas."

Uma coisa que quero deixar bem clara a quem não leu o livro é que esta saga não é sobre vampiros como eu ouvi numa reportagem da Sic. Dito isto quero apenas apresentar o que, para mim, são os pontos fortes e fracos do filme tendo em conta que é uma adaptação de um livro que me é muito querido.

Pontos fortes:
  • Apesar do que pensava a Lily Collins fez um excelente trabalho a representar a Clary!
  • O Robert não poderia ter sido mais perfeito para fazer de Simon!
  • O Instituto estava espectacular, Oh meu deus o que eu não dava para viver num sítio daqueles
  • Achei a caracterização das personagens espectacularmente bem feita e bastante fiel ao livro, especialmente o Magnus Bane que estava igualzinho ao que imaginei
Pontos fracos:
  • Infelizmente os meus instintos estavam correctos e o Jamie Campbell não é de longe o melhor actor para interpretar o Jace, mas enfim
  • Adorava saber porque é que não explicaram como deve de ser o que são as runas, parece simplesmente que eles se tatuam com um pau brilhante
  • A parte em que o Jace mete a mão no portal e acaricia a Clary é simplesmente estúpida
  • O momento entre o Jace e a Clary escusava de ter sido tão lamechas, com a Demi Lovato aos altos berros, penso que só o cenário teria chegado
  • Alguém me pode explicar as tranças do Valentine?
  • Porque é que não há motos voadoras?? Porquê??
  • E acho que vou parar por aqui, já deu para reparar que fiquei um pouco desiludida...
Não me interpretem mal, não acho que tenha sido uma adaptação assim tão má, mas continuo sem perceber porque é que decidem inventar coisas que não têm importância nenhuma e depois deixam coisas que realmente necessitam de explicação por dizer...
Enfim, não é das melhores adaptações de sempre mas pelo menos acho que se mantiveram fieis à história e felizmente já ouvi dizer que o próximo já se encontra em pré-produção!

JK

P.S. Eu queixo-me muito mas adoro ir ver as adaptações, nem que seja só para apontar os erros... shame on me

P.S.S. a formatação do texto ficou diferente de um momento para o outro e já não consigo por isto direito, por isso peço desculpa pelas diferenças ao longo do post

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Anna and the French Kiss

Autor:  Stephanie Perkins
Editor: Dutton
Páginas: 372






Sinopse: 
Anna is looking forward to her senior year in Atlanta, where she has a great job, a loyal best friend, and a crush on the verge of becoming more. Which is why she is less than thrilled about being shipped off to boarding school in Paris--until she meets Étienne St. Clair. Smart, charming, beautiful, Étienne has it all...including a serious girlfriend. 
But in the City of Light, wishes have a way of coming true. Will a year of romantic near-misses end with their long-awaited French kiss?







Opinião: 
Desde que descobri o Goodreads (melhor coisa de sempre btw) que vejo muito alarido à volta deste livro. Sim a capa é engraça, sim um livro passado em França deve ser fantástico… mas sempre me pareceu ser muito cliché. Até hoje, ou melhor até este exacto momento em que acabo de ler o livro e só penso: mas porque é que não leste isto mais cedo?

Vou-me deixar de rodeios. Anna é um rapariga americana cujo pai é uma espécie de Nicholas Sparks (só eu é que notei as milhares de parecenças?) e que devido ao sucesso dos seus livros ficou com a carteira bem cheiinha e decidiu que a sua filha mais velha deveria ir no seu último ano de High School estudar para França. A rapariga fica muito indignada e tenta ao máximo combater tal de acontecer (gostava de saber quem é a rapariga que recusava ir estudar um ano para Paris). Mas como era inevitável a Anna acaba por ingressar na SOAP, uma escola americana em Paris.
Felizmente, conhece a rapariga que irá dormir no quarto ao seu lado, Meridith que a apresenta ao seu grupo de amigos e já nem tudo parece ser tão mau, cliché certo?

O que por outro lado não é nenhum cliché (ou se calhar até é, eu é que não o quero admitir) é o quão apaixonado eu estou pelo St. Clair, ai não desculpem, Étienne St. Clair! Lindo de morrer com um sorriso maravilhoso, que fica fantástico de qualquer maneira, e que ainda por cima é Americano, viveu em Inglaterra (hello accent!) e fala fluentemente francês! Sim eu sei, total cliché.

Mas voltemos ao que interessa, basicamente a Anna ainda se sente muito insegura uma vez que não fala nada de francês para além de oui e boujour (just like me) e de tal modo St. Clair decide mostrar-lhe um pouco da cidade de L’Amour, quando ela descobre a quantidade de cinemas que lá existe, e quem adivinhava, em Inglês! E como é óbvio, e porque adorou imitar-me decide apaixonar-se pelo St. Clair que infelizmente se encontra comprometido, e pelo andar da coisa muito comprometido…


E muito mais não digo. Mas leiam bem o que escrevo: não se enganem este livro não é um simples livros para adolescentes que adorem um belo de um romance cheio de clichés e de amour. Pode não vir a ser um clássico da literatura, mas é um livro fantástico para descontrair, sofrer um bocadinho, apaixonarmos-nos e simplesmente deixarmos-nos ir pelas ruas de Paris…

JK

Classificação 8/10

domingo, 25 de agosto de 2013

Nicholas Sparks, um guilty pleasure

Todos nós temos um guilty pleasure, ou se quisermos tentar não usar tantos estrangeirismos, um prazer culpado que é como quem diz algo que adoramos mas que ou temos vergonha de o admitir ou simplesmente não achamos que os outros mereçam tal partilha.

Sou sincera o meu guilty pleasure é do primeiro tipo, sei que muitos gostam mas por alguma razão acho sempre que me fica mal admiti-lo. Aqui vai, adoro ler Nicholas Sparks. Típico de uma mulher quarentona que decidiu agora que se calhar precisa de algo diferente quer experimentar um amor daquele “como no cinema”. Bem, não sou nenhuma quarentona e para um amor desses ainda tenho muito tempo mas por alguma razão existe sempre aquela altura em que me apetece ler um livro destes, que me faça rir, chorar, apaixonar, odiar, enfim tudo e mais alguma coisa. Basicamente nestes momentos acabo por me divertir e sentir um enorme prazer com desgraças alheias, nomeadamente mortes, cancro, amores perdidos, entre outras inúmeras catástrofes que as pobres das personagens do Sparks tendem a sofrer.

Não me entendam mal, a desgraça alheia não me dá qualquer tipo de diversão, e não é que o Nicholas Sparks seja o melhor escritor de sempre (Eça de Queiróz podia usar mais páginas, mas aquilo sim são desgraças familiares a sério), mas estes livros dão-me um certo conforto. Provavelmente nostalgia seria a melhor palavra para descrever o sentimento que me surge quando penso em pegar num livro deste senhor: primeiro, a minha mãe é fã incondicional dos seus romances (trágicos?); segundo, de certo modo sentimos nos sempre melhor quando a desgraça não é nossa; e terceira, há sempre alguma coisa que acaba bem. Um final (quase) feliz depois tanta desgraça dá-nos sempre aquele conforto: se calhar nem tudo é mau no final! Podem viver um amor louco e estar separado imensos anos, mas acabam por se encontrar no final; o meu pai pode morrer de cancro mas ainda deu tempo para fazer as pazes; entre outros inúmeros exemplos de infortúnios que acabam sempre muito melhor do que se esperava.



O que quero dizer com este palavreado todo é que ao ler Nicholas Sparks sei sempre um pouco do recebo em troca: um amor proibido, uma morte algures (ou algo quase fatal), uma doença trágica (o cancro é sempre uma boa aposta), normalmente algo passado no Verão perto da praia, e sempre um final minimamente feliz. De vez em quando é bom perdermos nos num livro assim, pode não ser tão profundo com Saramago ou tão misterioso como Murakami, mas é simples, fácil de ler sem ser preciso grandes reflexões mas que nos faz rir, chorar, apaixonar, odiar entre outros sentimentos puramente humanos.

JK